Assim como as cores, as fontes estão presentes em quase todas as coisas ao nosso redor: embalagens, placas, comunicados, livros, aparelhos eletrônicos, entre outras.
Se você reparar nas marcas à sua volta, perceberá que cada segmento utiliza diferentes tipos de fontes. Isto porque a tipografia de uma identidade visual deve transparecer os conceitos e valores da marca.
A escolha da tipografia pela marca dependerá de alguns fatores, como:
- Qual o valor da sua marca?
- Qual mensagem você quer passar?
- Como você quer que o leitor receba essa mensagem?
- Qual o arquétipo da sua marca e do seu negócio?
“Hm, arquétipo?”
SIM! A tipografia está diretamente ligada aos arquétipos! Pense na Walt Disney. A marca da produtora audiovisual infantil possui o arquétipo do Mago, uma personalidade que vive em um universo mágico, onde tudo pode acontecer. Sendo assim, utiliza uma tipografia inusitada, com efeitos ópticos e ornamentais, como, por exemplo, Fairystory e Lancelot.
Fontes e as sensações
As fontes devem comunicar não só o que precisa ser dito, mas também transmitir um tom de voz que reforce a aparência e a personalidade da marca. E claro, precisam estar legíveis ao leitor.
Além de toda questão estética e conceitual, uma boa fonte atrai e mantêm o público-alvo atento à leitura. A presença ou a ausência de serifa, por exemplo, pode influenciar neste fator e transmitir diversas sensações aos leitores.
Letras com serifa, que, no “universo do design”, é um traço ou uma barra que aparece nas extremidades das letras, são de grande relevância para um texto corrido, pois é capaz de aumentar sua legibilidade. Com um ar mais clássico, elas são usadas para guiar o fluxo horizontal dos olhos, pois aumentam o contraste e o espaçamento entre diferentes letras, melhorando a identificação das palavras, sendo muito comuns em livros e jornais, principalmente nos títulos. Este tipo de letra tem o poder de transmitir confiança e tradição ao consumidor, trazendo a sensação de sofisticação.
As letras sem serifa, por sua vez, não possuem os pequenos traços em suas extremidades e, por isso, são mais retas, com poucas curvas e com traços limpos. Transmitem modernidade, alegria e segurança e, geralmente, são utilizadas por designer minimalistas e por marcas que não lidam com assuntos formais, como: agências, lojas de roupas, entre outras.
Já as letras cursivas/manuscritas são as mais escolhidas quando a intenção é transmitir algo mais leve, mais orgânico, como, por exemplo, convites de casamentos. Este tipo de fonte transmite a sensação de elegância, afeto, delicadeza e proximidade, sendo a melhor opção para despertar a atenção das pessoas.
Como você viu, mais do que os tipos e as características de cada fonte, algo que levamos muito em consideração aqui, na Mud, é a forma como elas são aplicadas! A grande diversão é usar e abusar da criatividade, trabalhando as tipografias em diferentes tamanhos, pesos, estilos, entreletras, alinhamento e combinações, possibilitando diversas faces a uma única fonte.
Referências Mud&Co
Como de costume, para finalizar mais uma fileirinha, não poderíamos deixar de mencionar alguma curiosidade dos nossos designers.
Dessa vez, trouxemos uma grande referência da tipografia, Paula Scher, que, inclusive, foi inspiração para o “MudCast #3 – O universo das apresentações!”.
Não ficou sabendo do novo episódio do MudCast? Volte um post e corre pro link da bio para conferir essa viagem na íntegra!
Bom, voltando ao assunto, a designer gráfica Paula Scher, não só nos inspirou, como também é uma personalidade super reconhecida por suas escolhas tipográficas. Por isso, mais uma vez, precisamos ressaltar essa deusa!
Ela é fera na arte de criar famílias tipográficas, abusando dos elementos gráficos e dando prioridade ao movimento pós-modernista. Vem revolucionando o mercado tipográfico, deixando sua marca por onde passa, dando vida a projetos incríveis que são um sucesso em todo mundo, como CitiBank e Windows.
Com suas inovações tipográficas, Paula Scher tem o imenso poder de transmitir diferentes ideias, sentimentos e identidades, fazendo as tipografas falarem mais do que qualquer palavra ou pessoa.
E aí, gostou dessa fileirinha? Qual site você usa na busca de suas fontes? Conta pra gente aqui embaixo e aproveita pra sugerir um assunto pra gente abordar aqui no feed! 😉